A HISTÓRIA DE BRUCE LEE ( PAG.
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(Por Mestre Gilmar Dantas - Assoc.
Pak Shao Lin de kung fu)
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(Bruce
Lee em cena de The Way of the Dragon - O Vôo do Dragão)
Esse filme foi rodado em Roma e
apesar de ter um enredo bastante simples , agrada bastante. Bruce misturou
bem ingredientes como humor, ingenuidade, lutas bem coreografadas ,
filosofia e claro seu grande carisma pessoal. Para esse filme ele convidou
seus amigos karatecas, Chuck Norris e Bob Wall. Note os leitores, nas cenas em que luta com
Norris, rodadas no Coliseu , a grande lição que Bruce como um grande
lutador, mostra no filme. Se adaptando ao adversário num momento de
dificuldade e o respeito com que ele trata seu oponente independente
de que arte seja. Em determinada cena, Norris com o braço e perna quebrados já não tem mais condição de continuar lutando. Bruce o olha e faz sinal
com a cabeça para que Norris desista . Demonstrando o nobre sentimento
da misericórdia. Norris no entanto , se atira em cima de Bruce numa
ultima tentativa, pois ele também é um grande guerreiro e quer ir até o
final . Bruce estão dá o ultimo golpe e a luta termina nesse momento.
Bruce presta então seus respeitos ao grande lutador que esta ali caído
aos seus
pés. Essas cenas tinha muito a ver com sua própria personalidade
como lutador real. É realmente uma seqüência memorável! |
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(Bruce no Coliseu em Roma,
nas cenas memoráveis em que luta com Norris)
Terminadas as
filmagens, Bruce declarou que o filme tinha grande potencial e
com certeza chegaria a U$$ 5 milhões em bilheteria. Os críticos
o julgaram louco, achando que jamais "The Way of the Dragon",
dobraria a renda de "A Noviça Rebelde". Novamente ele
estava certo. Logo nas primeiras semanas o filme chegou a 5,4 milhões,
calando a boca de muita gente. Na visão de Chow, o mundo agora
estava pronto para reconhecer Bruce Lee com um astro internacional. Ele havia chegado a conclusão
de que o momento era esse. No entanto, Bruce não queria que seus
filmes fossem lançados no ocidente, pôr achar que tinham uma linguagem
exclusiva para o publico oriental. Na sua opinião, eles não agradariam
ao exigente publico do outro lado do mundo. Mas desta vez ele estava
errado. Lançaram "The Fist of Fury" na Europa, EUA e
Canada. Para a total surpresa de Lee, o filme foi um enorme sucesso,
batendo todos os recordes de filmes orientais exibidos anteriormente.
Em seguida foi a vez de "The Big Boss", e logo depois "The
Way of the Dragon", repetindo a dose e quebrando novamente
recordes de bilheteria. Bruce Lee estava se tornando um grande ídolo
internacional e mais e mais pessoas em todo o mundo estavam conhecendo
o pequeno dragão e seu carisma envolvente. |
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Aparecendo em praticamente todas as revistas de cinema
de
artes marciais , em programas de televisão e sempre dando muitas entrevistas
a
jornalistas e críticos de cinema, o nome Bruce Lee estava mais conhecido do que
nunca pelos quatro cantos do mundo. Em Hong Kong assim como nos EUA, iniciava-se
a onda de produtos relacionados ao nome Bruce Lee e que eram vendidos em larga
escala, como:
camisetas, emblemas, chaveiros, bonés , revistas , etc. |
(Bruce
Lee com o aluno e amigo Kareem A. Jabbar)
Enquanto
isso Chow já tinha planos para o próximo filme da "Concord
Films", chamado de "The Game of Death" ("Bruce
Lee no Jogo da Morte", aqui no Brasil). Bruce resolveu filmar
algumas seqüências que tinha na cabeça, e convidou seu amigo e
aluno Kareem Abdul Jabbar (grande astro do basquete americano na época),
para participar dessa filmagem teste. Jabbar estava em visita social
em Hong Kong e resolveu aceitar o convite do amigo. Quem não gostou
muito , foi o empresário de Jabbar, que quase teve um ataque ao
saber que um dos jogadores de asquete mais caros mais caros do mundo, estava trocando
socos e chutes simplesmente, com o "Rei do kung fu". Ele
sabia que eram amigos e era apenas um trabalho cinematográfico
. Mas qualquer acidente com Jabbar resultaria em enorme prejuízo para a equipe. Jabbar não tinha autorização para fazer
esse tipo de coisa se expondo dessa maneira.
Nesse ínterim as ofertas chegavam
aos montes. Produtores de todo o mundo queriam o pequeno dragão.
Bruce Lee já valia 1 milhão de dólares no mercado cinematográfico.
O que era uma alta soma para os padrões da época. Muito feliz ele
curtia cada momento dessa nova fase em sua vida.
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Mas
nada lhe dava mais prazer, do que saber que muitos produtores americanos
também o queriam.
Os mesmos que sempre o discriminaram
e duvidavam de seu sucesso, estavam todos ali, batendo a sua porta.
Entre eles a problemática Warner Bros, que havia causado tanta tristeza em Bruce.
O Produtor executivo da Warner
,Fred Weintraub, foi a Hong Kong exclusivamente para
mostrar a Bruce o projeto de "Enter the Dragon" (Operação
Dragão" aqui no Brasil). Que seria até então, o filme mais
caro sobre artes marciais nunca antes realizado. Uma grande produção
para o gênero. Bruce e Chow adoraram o projeto e voaram para os
EUA para assinarem o contrato, adiando assim a realização de "The
Game of Death". |
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(Cartaz promocional de Operação
Dragão)
Bruce Lee atirou-se de corpo
e alma na realização desse novo projeto, e estava absolutamente
certo de que esse filme o consagraria definitivamente como grande
astro internacional de primeira grandeza. O filme teve um orçamento
inicial de U$$ 600.000,00. O que era uma boa quantia para
a época se levarmos em conta que um filme de James Bond tinha uma
média de 1 milhão de dolares de orçamento inicial por filme. Bruce
sugeriu e indicou os nomes de pessoas com quem gostaria de trabalhar.
Entre eles, John Saxon ( Conhecido ator e estudioso de artes marciais),
Jim Kelly (campeão internacional de Karate 1971), Bob Wall (campeão
profissional de Karate norte-americano 1970), Peter Archer (campeão
de Karate amador), Yang Sze (mais conhecido como Bollo, aqui no
Brasil) varias vezes campeão de Shotokan do sudeste asiatico e
Angela Mao (faixa preta de Hapkido, campeã de Okinawa) que fez
o papel da irmã de Lee no filme. Foram contratados mais de 200
extras e Bruce era também o principal responsável pelas coreografias
e seqüências de lutas. O enredo do filme é muito parecido com as
histórias de James Bond. Lee como agente secreto infiltrado, tenta
arranjar provas para acabar com o maldoso e poderoso Hans, o vilão do filme. |
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(Bruce
na inesquecível cena do labirinto de espelhos)
Dono de uma ilha fortaleza localizada
próxima a Hong Kong e usada como fachada para seus negócios ilícitos
. Hans, como apreciador de artes marciais, promove um grande torneio
em sua ilha convidando vários artistas marciais de todo o mundo
. Bruce então é infiltrado como agente especial do governo americano.
O filme realmente é muito bom. Um verdadeiro clássico do cinema
de artes marciais . Eu particularmente já vi umas 15 vezes. Após
o termino das filmagens, Bruce muito orgulhoso de seu trabalho
teria dito: -Realmente foi o melhor filme da minha vida. Tenho
a certeza de que chegara fácil aos U$$ 20 milhões. O Pessoal
da Warner concordava plenamente com ele. Muitos homens de cinema
já diziam que Bruce tinha muito potencial a exemplo de Clint Eastwod
e John Wayne valendo seu peso em ouro. Infelizmente Bruce não viveu
para ver o enorme sucesso que faria no mundo. Somente
nos EUA , nas primeiras semanas "Enter the Dragon", chegou
a U$$ 3 milhões. Na Inglaterra ficou varias semanas nas principais
salas de cinema , sempre com casa cheia. O Sucesso também se repetiu
em vários países da Europa.
Batendo recordes principalmente na Itália, Espanha e Alemanha.
Atualmente estima-se que esse filme já tenha arrecado em torno de U$$ 500 milhões
de faturamento, pela comercialização e venda de direitos de exibição pelo mundo afora. Uma marca extraordinária para filmes do gênero. |
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(Bruce posando para fotos, no intervalo das filmagens
de Operação Dragão)
O Interessante é que "Enter
the Dragon", na época não conseguiu no oriente superar "The
Fist of Fury". Talvez pelo fato de que o publico oriental
ainda não estivesse acostumado com uma visão ocidentalizada de
filmes de arte marcial.
De qualquer forma chegou a U$$
4 milhões em Hong Kong e nas Filipinas foi proibido pôr julgarem
o filme violento de mais, com cenas de sexo, e com forte apelo a cultura ocidental.
Coisas da época!
Texto:
Mestre Gilmar Dantas
www.pakshaolin.org |
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